Um estudo desenvolvido pela Tátil Design de Ideias aponta “6
Tendências para o Agora”. A empresa agregou as informações e dados
colhidos em pesquisas feitas para seus clientes e criou um documento que traz
uma interpretação sobre comportamentos e hábitos percebidos ao longo do último
ano. Por isso, empresas que desejam garantir sua sobrevivência no futuro precisam
olhar as transformações sociais, entender o meio onde estão inseridas e reparar
em como o relacionamento com seus consumidores está evoluindo.
1. Poder para Todos
Muitas indústrias trabalham com patentes e a sociedade está
acostumada a lidar com restrições, bloqueios e rótulos. Mas as gerações mais
jovens nasceram com uma perspectiva diferente sobre o assunto e se acostumaram
a não pagar por informação, música, entre outros. Surge, assim, um movimento
que se fortalece a cada dia baseado nos conceitos de informação livre, criação
compartilhada e descentralização dos pólos produtores de conteúdo. Especialistas
não são mais as únicas figuras que disseminam dados, o que representa o fim de
uma hierarquia.
2. Monitoramento
Colher dados sobre como as pessoas se comportam, consomem e
vivem é uma iniciativa cada vez mais comum por parte das organizações. O mais
importante, no entanto, é analisar os números e gráficos e entender o que está
por trás desses indicativos para poder usá-los em planejamento estratégico e na
criação de ferramentas realmente úteis e eficientes para seus públicos. As
empresas que saem na frente da concorrência são aquelas que encontram tempo
para interpretar esses dados e fazer uma reflexão.
3. Declínio da Propriedade
Os bens materiais têm atributos que agregam valores aos seus
usuários e são considerados uma forma de identificar alguém como pertencente ou
não a um determinado grupo ou clã. As marcas têm usado isso a seu favor, mas
agora a noção de posse se apresenta de maneira diferente. As pessoas começam a
questionar qual a real ligação dos produtos com a maneira e possibilidades de
se desfrutar a vida. A percepção de que os produtos não trazem necessariamente
felicidade têm feito alguns itens como casa e carro próprios serem substituídos
por serviços alternativos à compra.
4. Hackathon
O termo Hackathon une os conceitos de programação (Hack) e
maratona (marathon) e tem sido usado pelas empresas para testar a eficiência de
novas ideias de forma rápida. Por botar quase instantaneamente em prática o que
antes só estava no papel, essa forma de buscar novos projetos tem ganhado
vantagem em cima do brainstorm. A
possibilidade de testar o que dá ou não certo e apostar em desenvolvimento
contínuo tem feito muitas incubadoras e aceleradoras a enxergarem as startups
como as empresas do futuro.
5. Eu Amo Minha Cidade
A sensação de pertencimento faz parte da composição da
identidade de qualquer pessoa. Todos têm necessidade de fazer parte de um grupo
e demarcar presença. Com a globalização, o sentimento de pátria às vezes é
afetado ou se torna confuso. O que se vê, no entanto, é um resgate à
valorização dos traços individuais e da disseminação de conversas e debates por
parte das pessoas sobre a cidade, a cultura e o país onde vivem. Por isso, é cada vez mais comum
que empresas desenvolvam ações que dialogam com a paixão de ser brasileiro
ou pertencer a determinado Estado. O amor pelo país e metrópoles está estampado
em campanhas e em produtos.
6. Valor Compartilhado
O lucro é a principal preocupação de qualquer companhia, mas
o retorno financeiro não é o único parâmetro que deve ser levado em
consideração e avaliado em um negócio. Outros capitais como o humano, o
cultural e o social ganham importância e influenciam a relação entre marcas e
consumidores. As empresas entendem, cada vez mais, que precisam ser relevantes
para as pessoas em situações e contextos mais amplos e não apenas na hora do
consumo. Com isso, cresce o número daquelas preocupadas em agir na vizinhança
dos locais onde estão instaladas suas fábricas e sedes e atingir positivamente
todo o público envolvido em suas cadeias de processos.
Fonte: Exame.com